quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Amor desinteressado




Tão adiado, mas hoje consegui assisti.

Nunca pensei que fosse chorar tanto, nem que seria tão difícil controlar... (nada com o fato de estar bem sentimental hoje, ressalto)mas é lindo o filme.

No ínicio achei bem parecido com o clássico Beethoven, com todas as confusões, a bagunça... mas quando pinta aquele clime de "Adeus", meu amigo, o trem fica difícil, e é quase como travar uma luta para se conter. (sem exageros, rs)

Lembrei dos meus cachorros e até de um livro que li: A Insustentável Leveza do Ser, que, em parte (sétima parte do livro, mais precisamente), retrata o amor de um casal por uma cachorrinha também. Um amor homem-animal lindo... mas ai já inclui questões do pensamento de Nietzsche sobre o animal está acima do homem, sobre como compreendem-nos mais do que qualquer outro ser humano; e a ideia do Eterno Retorno no restante do livro, e...
- Voltemos a MARLEY & EU, antes que eu mude o foco e comece a falar de questões pessoais minhas sobre apego, desapego, perder coisas que gostamos, etc.

O bom do filme é que ele não conta nenhum segredo que ninguém já não saiba sobre como a amizade com um animal vai a tão longe... Mas sim, nos mostra que as coisas acontecem de uma forma tão especial.. os laços se constroem de uma forma mágica e misteriosa... o amor nasce... derrepente se tem uma história. É por essas coisas simples da vida que vivo. É assim que quero me firmar e construir minha vida.
Vou fazer de fim de poster as palavras que mais gostei do dono e personagem principal da história. Acho importante o que ele disse, não só comparado a um animal, mas, muito as pessoas. Com participação final de Kudera. (A Insustentável Leveza do Ser)

"... um cão não precisa de carros modernos, casas grandes ou de roupas chiques. Água e alimento já são o suficiente. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Um cachorro não liga se você é rico ou pobre. Esperto ou não. Inteligente ou burro. Entregue seu coração e ele lhe dará o dele."

- De quantas pessoas podemos dizer o mesmo?
Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial?
Quantas pessoas nos fazem sentir... extraordinário?
John grogan

Sétima parte
O sorriso de Karrenin

A Insustentável Leveza do Ser.

"A verdadeira bondade do homem só pode se manifestar com toda a pureza, com toda liberdade, em relação àqueles que não representam nenhuma força. O verdadeiro teste moral da humanidade (o mais radical, num nível tão profundo que escapa a nosso olhar) são as relações com aqueles que estão à nossa mercê: os animais.
(...)
Uma ideia: o amor que liga o homem ao animal é melhor que o amor entre uma mulher e um homem. Melhor mas não maior. Parece-lhe apenas que o casal é criado de forma tal que o amor entre do homem e da mulher é a priori de uma natureza inferior ao que pode existir (pelo menos na melhor de suas versões) entre um homem e um cachorro - esta coisa estranha da história do homem, que o Criador certamente não previu.
É um amor desinteressado.
Você não pretende nada com o animal. Nem mesmo amor você exige. Nunca vai precisar fazer perguntas que atormentam os casais humanos: será que ele me ama? será que gosta mais de mim do que eu dele? terá gostado de alguém mais do que de mim?
(...)
Mas sobretudo: nenhum ser humano pode oferecer a outro o idílio. Só o animal pode, porque não foi banido do Paraíso. O amor entre o homem e um cão é idílico. É um amor sem conflitos, sem cenas dramáticas, sem evolução."
KUDERA, Milan.

2 comentários:

Adao Braga disse...

Parece verdadeira esta observação. Entretanto, afirmo que para apoia-la ou ser contrária bastaria uma prova ou situação em contrário. Parte da argumentação, é até explorara em EU, Robo.

Uma máquina decide pelos números, pelos calculos, nós em muitas situações decidimos pela emoção.

Anônimo disse...

Não vi o filme, mas reli 3 vezes o livro Marley e Eu. É uma leitura encantadora.